quinta-feira, 29 de abril de 2010

O ENSINO DE FRUTICULTURA NO BRASIL



A grande importância que a fruticultura vem assumindo no Brasil, terceiro produtor mundial de frutas, exige uma melhor formação dos nossos jovens para atuarem neste mercado de trabalho. Constata-se que o Brasil tem grandes técnicos e grandes mestres da fruticultura, mas são nossos projetos pedagógicos que são deficientes nesta área. São vários os profissionais que atuam na fruticultura além dos agrônomos (Biólogos, Eng. Florestais, Eng. Hortículas, Eng. Químicos), sem uma formação com ênfase principal na fruticultura, isto prova que nenhuma dessas profissões têm uma formação suficiente na área.

A fruticultura é uma área de agronomia que enfoca a arboricultura. A quase totalidade das fruteiras são árvores ou arbustos perenes. Este fato exige conhecimentos específicos de ramificação, poda, dormência, formação de mudas, floração e formação de frutos, entre outros. Alguns desses conhecimentos não têm importância fundamental nas culturas atuais.

Nos currículos de formação do Engenheiro Agrônomo é dada pouca ênfase a estes conhecimentos e com carga horária exígua. Por isso, é muito raro encontrar um bom profissional de fruticultura recém formado. Ele só torna um profissional competente depois de longa vivência na profissão.

Talvez seja apenas necessário reformular nossos currículos para atender às necessidades do mercado da fruticultura, com ênfase regional.

Para os cursos atuais de Agronomia deveria ser garantida uma carga horária mínima para 75h/semestrais para fruticultura, em dois semestres, com professores específicos. A fragmentação da profissão do Engenheiro Agrônomo pode aumentar o problema em outras áreas, gerar mais competição.

Dar noção ao estudante, futuro profissional, da produção integrada de frutas, isto é, uma visão holística da planta, do homem e do ambiente. Proporcionar ao estudando tempo para estudos e estágios de vivência junto ao setor produtivo e conhecer inclusive as dificuldades de comercialização. Poderiam ter o último semestre livre para este fim. É necessária a criação de infra-estrutura adequada para aulas práticas. Utilização de tecnologias modernas de ensino, com uso da informática para aumentar o aprendizado.

As instituições formadoras de profissionais devem ter projetos pedagógicos flexíveis para que possam rapidamente se adequar às necessidades de formação da sociedade.

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